domingo, 19 de julho de 2009

Como fomos enganados!

No ano lectivo 2006/2007 um grupo de 120 professores bacharéis inscreveu-se para concluir a licenciatura, na Escola Superior de Fafe, com base na alínea b) do n.º 2, do artigo 17º, do Decreto-Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro ou seja do famigerado ECD.
No acto dessa inscrição foi garantido, por essa instituição, que se estes professores (neste caso alunos) terminassem a licenciatura até 31 de Agosto de 2008, o reposicionamento na carreira seria uma realidade, com garantias de legalidade e autorização do Ministério da Educação.
Terminada essa licenciatura, efectivamente os professores foram reposicionados pela Direcção Geral dos Recursos Humanos, nomeadamente pela sua Subdirectora-Geral, mas, quase um ano depois o mesmo é indeferido, tendo como argumento que as inscrições no Ensino Superior não decorreram até 31 de Dezembro de 2006 e como consequência a devolução dos vencimentos auferidos.
Perante esta revogação que surpreende os professores, estes pedem ajuda à Escola Superior de Fafe mas, esta como já tinha os seus bolsos cheios bate a porta aos alunos e afirma que nada prometeu.
Por outro lado, a DGRHE que interpreta a lei à sua maneira cometendo um erro ao aplicá-la mal, escudasse agora nos termos dos artigos 136º e 141º do CPA, que lhe permite revogar um despacho se ainda não tiver decorrido um ano. Mas será que isto lhe dá o direito de tomar decisões criando expectativas aos professores? Neste país os grandes continuam a comentar ilegalidades e ninguém lhe faz nada?
E a Escola Superior de Fafe não tem nada a dizer a estes alunos que enganou?
E o ministério o que tem a dizer aos professores, quando mais uma vez os penaliza e não permite que mais nenhum que se valorize para melhorar o sistema de ensino seja reposicionado na carreira?
E os professores que subiram a Professores Titulares, vão agora de”cavalo para burro”?
O que havemos de pensar disto tudo?
Colegas, não baixem os braços deixem aqui a vossa indignação!

8 comentários:

  1. Realmente somos mesmo "insignificantes"!
    Os grandes entregam os negócios aos amigos e "lixam" o nosso dinheiro (veja-se o negócio dos contentores entre o Lino e o Coelho), mas os pequenos têm de "pagar" os erros dos quais não têm culpa.
    Por este e outros motivos é que em Setembro e Outubro eu não fico em casa.

    Coragem que venceremos!

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  2. Eu (que agora escrevo), também sou uma das lesadas de toda esta situação. No que concerne à dgrhe deveriam ser mais cautelosos e não fazerem reposicionamentos, sem antes fazerem a verificação de toda a documentação, pois esperarem quase um ano para revogarem tudo é para mim, uma enorme falta de respeito e consideração para com todos nós. Se esta é uma politica economicista, penso que quem de direito, deverá ter em atenção a preocupação dos docentes em estar actualizados, já que é disto que se tem falado nestes últimos 4 anos, na formação da população. Relativamente a Fafe sinto-me "roubada", "enganada" e tratada por parte desta Instituição de Ensino Superior como um verdadeiro "lixo", pois o seu único interesse foi receber o dinheiro das mensalidades e quando os alunos precisaram deles, eles simplesmente nos fecharam as portas como se nada fossemos.
    Temos que lutar e seguir em frente, mesmo que nada consigámos, e pela minha parte Fafe deveria cair nas ruas da amargura,sem que ninguém lhe desse a mão, pois como diz o ditado "Com ferros matas com ferros morres".

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  3. Nazaré
    Sou apenas mais uma dos 120 docentes que acreditaram numa instituição que se auto-intitula credivel e séria.
    Mas que terá de séria uma escola que "supostamente" deveria apoiar aqueles que fazem o seu nome e que sem nenhum remorso, na hora em que mais precisamos, nos vira as costas?
    Após 31 anos de serviço esta é a primeira vez que me sinto verdadeiramente humilhada e ofendida.
    Nao se compreende como é possivel, depois de 2 anos de verdadeiro sacrifício a todos os níveis (pessoal, financeiro e sobretudo psicológico),confiando cegamente na palavra de quem sempre nos disse que seriamos reposicionados desde que o curso terminasse ate 31 de Agosto (nunca referindo a data de inicio do respctivo curso), sejamos agora confrontados com esta vergonhosa situação que tantos transtornos nos trás, nem tanto pelo dinheiro, que tanto nos custou a ganhar, mas mais pela ofensa a que fomos sujeitos!!!!
    Quanto à DGRHE, nem vou tecer grandes comentários, pois perante tamanha incompetencia fico de certa maneira incrédula, pois é-me muito difícil perceber como podem dar despacho aos reposicionamentos quando a referida lei que os revoga, já teria na altura mais de um ano!
    Agora vejam lá, depois de um ano lectivo cheio de polémica, onde pareciamos estar sempre na corda bamba, envoltos em burocracia até ao tutano... recebemos esta bomba atómica em forma de carta...
    Nem a uns diazinhos de descanso parece que temos direito... depois da Ministra (como se não fosse suficiente)ainda tinham de vir Fafe e a DGRHE dar-nos cabo das poucas férias de que tanto necessitamos.
    Espero que se possa resolver tudo da melhor forma, pois cada vez mais sinto uma enorme angústia, até mesmo vergonha da forma que o meu país é dirigido e do rumo que está a tomar.
    Vamos ter força, nunca desistindo dos nossos objectivos, por mais simples que sejam, são nossos, representam quem somos.
    Força Colegas!!!

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  4. Sou uma das 120 professoras ludibriadas por Fafe. Perante tanta injustiça,depois de dois anos de esforço fisico, psicológico e financeir e, apesar de estar cansada depois disto tudo, não se pode desistir!Força, colegas, venceremos!

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  5. Olá Colegas!

    Foi enviado hoje via email ao Sr. Procurador da República a descrição da injustiça que nos têm sucedido!
    Aguardamos parecer até ao final de Agosto ou em alternativa reunião com o mesmo!

    Em breve seguirá para a DGRHE nova contestação!

    Até breve porque estamos vivos!

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  6. Olá colegas
    Sou, também, mais uma lesada por esta situação inacreditável e vergonhosa. Ao ler os comentários deste blog, quero acrescentar mais um “pequenino” (será?) pormenor. À data da inscrição no curso de Orientação Educativa, foi-me assegurado, por esta instituição, e a mais duas colegas que estavam comigo, que a nossa formação se enquadrava no famigerado decreto uma vez que a nossa inscrição ainda se realizava dentro do início do ano lectivo, visto o 1º semestre ainda não se ter concluído! Sim, colegas, Fafe disse isto mesmo! E tanto assim foi que, passados alguns dias de iniciarem as aulas, ainda abriu o Curso de Administração não fosse o 1º semestre acabar, claro. Como podem eles, agora, abster-se desta situação? Será que não sentem um mínimo de escrúpulos e não façam um esforço perante as autoridades competentes para a melhor resolução desta vergonha? É que por mim (e penso que por nós todos), este estabelecimento de ensino caiu nas ruas da amargura! Sinto-me enganada e ludibriada. Isto parece o conto do vigário…!
    Quanto à DGRHE, nem comento …
    Uma coisa eu sei: não podemos desistir, em frente é que é o caminho! Força!!!

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  7. Olá colegas

    Alguém sabe mais alguma coisa sobre o desenvolvimento deste assunto vergonhoso? Eu já meti um recurso hierárquico, mas ainda não veio resposta. Gostava de entrar em contacto com algum colega, mas como não tenho endereços, deixo aqui o meu: leao59@sapo.pt
    Pf, digam qualquer coisa!

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  8. Olá colegas,
    também eu sou um dos 120 enganados. meti recurso hierárquico e já obtive resposta. Indeferido. Disseram-me que a solução é politica (revogar a ECD ou a célebre alinea). Quanto a incompetências e má fé acho que a ideia é geral. Deixo o meu contacto josm44@sapo.pt

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